"Pacientes terão ideias e sentimentos sobre o que acontece com eles, e esses podem ou não ser acurados"
Uma boa relação médico-paciente é fundamental. Uma forma possível de fortalecê-la, é que após uma escuta ativa, elaboração de hipóteses e estabelecimento do que julgamos ser prioridade, se aborde a percepção do paciente, a agenda da saúde dele, ou seu modelo de doença.
Para isso, podemos fazer o ICE:
I: Ideas (Ideias do paciente sobre o que está acontecendo com ele)
C: Concerns (Preocupações em termo de impacto na vida - podemos traduzir como Cismas :))
E: Expectations (Expectativas sobre a doença e sobre você, o médico)
"Pacientes terão ideias e sentimentos sobre o que acontece com eles, e esses podem ou não ser acurados. Um paciente com dor torácica pode pensar em indigestão enquanto você está considerando angina. Pergunte "Você tem alguma ideia sobre o que pode estar acontecendo com você / o sr.?". Uma questão simples como: "O que você / o sr. estava esperando dessa consulta hoje?" podem ajudá-lo a evitar investigações e prescrições desnecessárias. A medicina moderna pode ser incapaz de "curar" um problema, e o importante é o que você fazer para ajudar seu paciente a se manter funcional."
Texto traduzido.
Macleod’s Clinical Examination 13th Ed 2013
Então, nunca ignore a queixa principal de um paciente. Pode não fazer sentido para você, mas faz todo sentido para ele. Ajude-o a construir um novo modelo de doença, com informação na linguagem dele. Não afronte desconstruindo seu modelo de forma descuidada e verticalizada, mas quando possível e necessário, com cuidado e no tempo dele. Muitas vezes para somar e multiplicar não é necessário subtrair. ;)
Abraços,
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