Psoas,
Discutimos hoje pela manhã um pouco sobre linfonodomegalia e esplenomegalia.
Seguem os artigos:
Alguns highlights:
Linfonodos aumentados de volume podem não representar patologia, bem como podem ser os únicos sinais de doença importante subjacente, mesmo que em pacientes assintomáticos (malignidade mesmo sem sintomas B). Por esse motivo, é fundamental a pesquisa de linfonodos fazer parte de rotina do exame físico geral.
Aqueles que o Dr. Otho mais gosta:
- Supraclavicular E (Virchow ou Troisier): TGI, principalmente junção esôfago-gastrica e estômago
- Supraclavicular D: Mama, pulmão e mediastino
- Axilar E (Irish): TGI
- Periumbilical (Irmã Maria José): Intraabdominal e pélvico.
- Femoral (Cloquet): Melanoma disseminado para cadeias ilíaca e obturadora.
Como vimos, de forma bem abrangente, os mecanismos de desenvolvimento de linfonodomegalia (LNM) passam pela proliferação monoclonal (principalmente linfóide), linfocitária policlonal (infecções, antígenos), além de infiltração por células como neutrófilos (linfadenites), macrófagos / histiócitos (doenças granulomatosas, doenças de depósito, Kikuchi, Rosai-Dorfman, Kimura…), células metastáticas, além de poder ser mediado por citocinas que causam edema linfonodal.
A esplenomegalia pode ter os mesmos mecanismo e somam-se também eritropoiese extramedular, hemólise súbita e obstrução venosa do órgão, como por trombose de esplênica, hipertensão portal ou ICC.
Ao identificar LNM periférica localizada, investigar por lesões / infecções periféricas em suas vias de drenagem, que seguem trajeto previsível, o mesmo não verdade nas cadeia internas (pelve, abdomen, tórax).
Linfonodos reacionais costuma ser elípticos, menores que 2 cm, consistência fibroelástica (borrachudo), não aderidos ou coalescidos, podem ser dolorosos e fistulizar e tem hilo hiperecóico visível ao ultrassom. Linfonodos sugestivos de malignidade tem mais de 2 cm, consistência mais endurecida, por vezes pétrea, podem estar coalescido e aderidos, costumam ser indolores e tem forma mais arredondada. Entretanto essas características não são suficientes para definí-los.
Alterações ao US que sugerem malignidade são forma arredondada, hilo ausente, necrose intranodal, calcificações, edema nos tecidos moles, vascularização periférica (
AJR 2005;184:1691–1699)
Diagnóstico de certeza costuma ser por biópsia, de preferência, excicional. Rendimento é: Excisional > Core biopsy > PAAF.
Só uma curiosidade, para finalizar: implantes de silicone podem ser causa de linfadenopatia supraclavicular.
Os textos tem muito mais informação. Leiam que vale a pena.
Abraços,