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quinta-feira, 21 de junho de 2012

PDIC - New England de 21/06/2012

Caros,


Segue o artigo discutido no New England de hoje com o Dr. Giovany.
Revisão da Federação das Sociedades Europeias de Neurologia sobre PDIC.
Link: European Journal of Neurology 2010, 17: 356–363

Abraços,

Rainardo.

OBS: Para ver o artigo abaixo em fullscreen, pressione o botão inferior-direito.

domingo, 17 de junho de 2012

Discussão sobre de ataxias cerebelares - material

Caros,

Segue o artigo no qual baseamos a nossa discussão sobre ataxia cerebelar de quinta-feira. Na verdade é um capítulo de livro (Daroff: Bradley's Neurology in Clinical Practice, 6th ed. - Chapter 20).

Nossa paciente na enfermaria, não seria uma possível SCA-11? Deem uma olhada na definição nesse outro capítulo do Brust (Chapter 16). Ataxia que não acaba mais... mas depois de ver que existe uma revista de nome Cerebellum...

Abaixo, alguns vídeos interessantes do youtube:

Vídeo 1.


Nistagmo de rebote. Sugere lesão cerebelar ou tronco. Paciente desenvolver nistagmo ao desviar o olhar e o nistagmo muda de direção ao olhar neutro. A direção do nistagmo é a direção do movimento rápido.


Vídeo 2.


Dismetria e tremor de intenção. Paciente com lesão cerebelar Esquerda. As lesões cerebelares produzem sintomas ipsilaterais.


Vídeo 3.








Marcha atáxica: normal e com tandem-gait.


Agradeço a apresentação da Sofia e Madalena.

Abraços,

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Artigo de 14/06/2012 - Radiculopatia Cervical

Caros,

Segue o artigo discutido hoje no New England com Dr. Giovany.
Artigo sobre radiculopatia cervical do NEJM. Revisão sobre as possíveis manifestações do paciente que temos na enfermaria.
Segue o link: N Engl J Med 2005;353:392-9 Preview Abaixo.
Abraços, 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dengue - Material complementar ao CCC

Psoas,

Hoje posto um assunto super importante, tema passado do CCC com nossa R3 de clínica Gabriela Studart: DENGUE!

Estamos vivenciando esse tema intensamente, quer como cuidadores, quer como cuidados...

Estamos em meio a uma epidemia de dengue. Epidemia que terá algumas características diferentes, haja vista introdução de um novo sorotipo do vírus da dengue (DEN-4) a partir de 2011 e uma grande população de suscetíveis.



O último boletim epidemiológico da SESA Ceará, evidencia mais de 14 mil casos em Fortaleza (Boletim epidemiológico - SESA/CE - 08/JUN/2012), que representa 71% dos casos do Estado, com incidência de mais de duas vezes a incidência necessária para que se considere uma epidemia (602,12 casos por 100 mil habitantes).

Nesse contexto, posto a publicação recente e bem pertinente do NEJM sobre dengue (N Engl J Med 2012; 366:1423-1432 April 12, 2012) que embasou a apresentação da Dra. Gabriela no último CCC.
Existem 4 sorotipos do vírus da dengue. Atualmente circulam principalmente o DEN-1 e DEN-4 no Ceará. Cada qual pode causar doença com um amplo espectro de apresentação clínica. Interessante que a forma mais comum de apresentação da dengue, não é a chamada dengue clássica (febre quebra ossos), que quem teve nunca esquece, mas a forma oligossintomática ou até mesmo assintomática.

Cada infecção confere imunidade definitiva ao sorotipo que a causou e transitória aos demais. Após essa fase de imunidade universal transitória, o paciente fica suscetível à forma "hemorrágica" da doença, que por sinal tem um nome inapropriado, não sendo a principal fisiopatologia dessa apresentação.  O vírus do dengue infecta principalmente as células reticuloendoteliais e miócitos, daí, com anticorpos não neutralizantes há uma "potencialização" da infecção das células reticuloendoteliais que leva a uma cascata que culmina com a liberação de uma enxurrada de citocinas. As citocinas levam a um aumento da permeabilidade vascular com efluxo de plasma do intravascular e diminuição do volume efetivo. Por isso o hematócrito sobe e não desce, a despeito choque. Claro que eventualmente manifestações hemorrágicas podem predominar.

As formas hemorrágicas podem ser classificadas como Febre Hemorrágica do Dengue e Síndrome do Choque do Dengue. Manifestações atípicas como encefalite, bem como os quadros típicos, mas que não se enquadrem no critérios necessários para FHD/SCD devem ser classificados como Dengue com complicação.

O tratamento é simples... VOLUME! Quer por via oral, quer por via endovenosa. O último manual do Ministério da Saúde (Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico - Adulto e Criança - 4ª Edição DF/2011) explica de maneira muito prática a forma de administração de volume EV e VO, bem como inúmeras informações importantes.

Por favor, lembrem-se: na necessidade de hidratação venosa, há necessidade de EXPANSÃO. Vê-se nas emergências públicas e privadas, abarrotadas, pacientes com HV e o soro pingando lentamente... Isso não é expansão! Para rever esses conceitos, leiam o post de Hidratação Venosa, postado anteriormente nesse blog.

Finalizando, algumas observações importantes:
  • Dengue é doença febril aguda. Não colocá-la como diagnóstico diferencial de doenças com mais de 15 dias de febre. Não foi incomum receber pacientes com mais de um mês de febre e plaquetopenia como suspeita de dengue…
  • Não há necessidade de um quadro clássico prévio para se ter dengue hemorrágica (lembrar que maior parte é oligossintomática);
  • RN e lactentes até 6 meses podem ter anticorpos da mãe e desenvolver febre hemorrágica do dengue na primoinfecção;
  • Fisiopatologia principal da dengue hemorrágica não é hemorragia, mas aumento de permeabilidade vascular com perda de volume efetivo e aumento de hematócrito: "O que mata não é o que desce (plaquetas), mas o que sobe (hematócrito)";
  • Restabelecimento do volume efetivo é feito com expansão e não hidratação de manutenção;
  • Nos casos que possam ser tratados em domicílio, cuidado com a intensa astenia da dengue... Sempre perguntar se existe alguém capaz de cuidar do paciente. Cuidado com o paciente que mora sozinho... Ele pode chocar do lado de várias garrafas de líquido, por não ter coragem de se mexer para bebê-la... Mais uma vez, cuidado com o social...  
Por favor, deem vossas contribuições!

Abraços,