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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Ética, Moral, Caráter: O que éramos? O que somos hoje? Mas, mais importante: O que queremos ser?



Quadrinho do Jornal Diário do Nordeste, 19/01/13

BRASIL: O que éramos? O que somos hoje? Mas, mais importante: O que queremos ser?

Em tempos que Renan Calheiros é eleito presidente do Senado, sob o discurso que “A ética não é objetivo em si mesmo. Ética é um meio, não fim”, é cada vez mais frequente comportamentos como esse acima…

Mas há luz! Vejamos nossas raízes! Compartilho abaixo uma história do Dr. George Magalhães… Fica a reflexão da evolução (ou involução?) dos nossos valores… Mas façamos nossa parte!



Texto do facebook do Dr. George Magalhães que ele autorizou repostar no nosso blog.

Ano passado foi em meu consultório um antigo paciente , seu B. Tenorio, homem calmo tranquilo, mora no sul do Ceará perto de um serra, sempre foi vaqueiro e agricultor, preferia comprar o chapeu de couro no Piaui em Pio Nono, pois tinham as abas grandes e ao correr dentro da mata evitava de espinhos na cabeça e orelhas, fala mansa, forte como um touro e sereno a ponto de disdizer a filha, e que a sua hora esta perto e que esta tranquilo pois isto é o destino de todos, embora eu ache que do seus 81 anos tenha mais duas décadas ou mais. Me contou a seguinte historia quando perguntei qual a pior seca que presenciou.

Foi a seca de 58, eu já era vaqueiro do meu pai, tinhamos pouca cabeças de gado umas 550 reses, iam morrer todas , então levei o gado de meu pai para serra entre o Ceará e Pernambuco e soltei lá e deixei o futuro decidir, não havia cerca naquele tempo o gado andava livre, em 59 choveu logo coloquei o jibão de couro e fui atrás do gado, o senhor me acredita que só perdemos 7 reses, acho até que morreram memso. Eu perguntei como pode recuperar o gado se estavam a léguas de distancia e espalhadas? ele me respondeu , bem naqele tempo eu juntava as de uma amigo , ele juntava as nossas, depois como a marca da fazenda no gado era conhecida, nos avizavam onde estava os pequenos rebanhos. Perguntei como o gado achava água, e ele na tranquilidade disse: Dr. George , o gado não é burro como gente não, é animal sabido, a mais de légua sente o cheiro de água, e na serra tem nascentes que ele descobre. Ai perguntei e se a seca fosse hoje seu Tenorio? Hoje Dr. George não tem mais homem sérios, ninguem trabalha, estão roubando é dentro da fazendas cercadas. Seu genro estava escutando nossa conversa e solicitou que ele contasse a de 1939, e ele contou, após educadamente me perguntar se eu tinha tempo, esta história é um exemplo maior de como descemos a ladeira da imoralidade ética nas ultimas decádas, eis o que me contou:

Em 1939 eu ainda não era vaqueiro do meu pai, era um menino, mas vivenciei este episódio, meu pai comprou uma gado em Pernambuco e trouxe para nossa fazenda em Pontegi, ferramos o gado e soltamos, no meio tinha uma novilha formosa, e meu pai gostava muito dela, mas meses depois a mesma desgarrou-se no meio do mundo, sumiu, o vaqueiro do meu pai procurou por todos os cantos e nada, veio o 40, depois o 41, o 42, e por fim no 43, apareceu lá na fazenda um viajante, e disse ao meu pai que tinha visto uma vaca dele ,mas muito distante, meu pai disse é a novilha!, o lugar onde esta vaca estava era uma localidade chamada de Ipubi, depois de Bodocó, meu pai mandou o vaqueiro trazer o animal, e levou o ferro com a marca da fazenda para provar que a novilha era dele, mas para supresa do vaqueiro quando lá chegou, encontrou mais nove animais com a mesma ferra e marca da fazenda do meu pai, (pensei logo em roubo!), mas seu B. Tentório explicou, eram as descentes da novilha, pois o dono da fazenda teve o trabalho de fazer uma marca igual e ferrava todos descendentes da novilha, pois embora o dono fosse desconhecido, tal gado não pertencia a ele. E assim o vaqueiro de seu pai trouxe agora a vaca formosa e mais 7 descendentes, deixando para tras apenas 2 descendentes, uma vaca e o seu bezerro como paga ao vaqueiro que tinha cuidado até então do gado, pois o dono da fazenda nada requisitou para si.

Arre! homens desta estirpe hoje é uma raridade.” 


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