Caros, seguem as manifestações das diversas entidades representativas da classe médica para conhecimento dos médicos e de TODA a população brasileira.
COMPATILHEM!!!
Prezados Senhores,
Após o anúncio de importação de médicos feito pela
presidente Dilma Rousseff, a AMB, a ANMR, o CFM e a Fenam produziram nota
conjunta onde expressam seu repúdio e sua preocupação com a medida.
O documento foi distribuído à imprensa e está
disponível no site do CFM. Também encaminhamos o texto para todos os médicos
com e-mail cadastrado junto aos conselhos. O material segue (abaixo e anexo)
para o conhecimento de todos e para que seja divulgado entre os pares e a
sociedade.
Na segunda-feira, deveremos definir data de reunião de
emergência para discutir o tema e tomar outras providências. Assim que esta
agenda for estabelecida, encaminharemos as informações relativas.
Contamos com o apoio e o empenho de todos neste
momento que exige, mais que nunca, a união de forças das nossas entidades e
lideranças.
Atenciosamente,
Desiré Carlos Callegari Roberto Luiz d’Avila
1º secretário
Presidente
IMPORTAÇÃO DE ESTRANGEIROS
Medida anunciada pela presidente Dilma é
repudiada pelas entidades médicas nacionais
Para a AMB, ANMR, CFM e Fenam, a medida tem
valor inócuo, paliativo, populista e esconde os reais problemas que afetam o
Sistema Único de Saúde (SUS), além de expor a população pobre a riscos
As
entidades médicas nacionais divulgaram neste sábado (22) nota de repúdio ao
anúncio de importação de médicos estrangeiros feito pela presidente Dilma
Rousseff, durante pronunciamento em cadeia nacional no dia 21. “O caminho
trilhado é de alto risco e simboliza uma vergonha nacional. Ele expõe a
população, sobretudo a parcela mais vulnerável e carente, à ação de pessoas
cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados. Além
disso, tem valor inócuo, paliativo, populista e esconde a falta os reais
problemas que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS)”, ressalta o texto.
No documento, as entidades cobram o
aumento dos investimentos na área da saúde e a qualificação do setor no país.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que Governos de países com
economias mais frágeis investem mais que o Brasil na assistência. Na Argentina,
o percentual de aplicação fica em 66%. No Brasil, esbarra em 47%. Além disso,
há denúncias de que o recurso orçado não é devidamente aplicado.
“O apelo desesperado das ruas é por mais investimentos
do Estado em saúde. É assim o Brasil terá a saúde e os “hospitais padrão Fifa”,
exigidos pela população, e não com a importação de médicos”, afirmam as
entidades. De forma conjunta, a Associação Médica Brasileira (AMB), a
Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de
Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) prometem usar todos
os mecanismos possíveis para barrar a decisão, inclusive na Justiça.
Confira abaixo a íntegra do documento
Carta aberta aos médicos e à população
brasileira
A SAÚDE PÚBLICA E A
VERGONHA NACIONAL
Há alguns anos, a presidente Dilma Rousseff foi
vítima de grave problema de saúde. O tratamento aconteceu em centros de
excelência do país e sob a supervisão de homens e mulheres capacitados em
escolas médicas brasileiras. O povo quer acesso ao mesmo e não quer ser tratado
como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com formação duvidosa e
em instalações precárias.
Por isso, a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional de
Médicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação
Nacional dos Médicos (Fenam) manifestam publicamente seu repúdio e extrema
preocupação com o anúncio de “trazer de imediato milhares de médicos do
exterior”, feito nesta sexta-feira (21), durante pronunciamento em cadeia de
rádio e TV.
O caminho trilhado é de alto risco e simboliza
uma vergonha nacional. Ele expõe a população, sobretudo a parcela mais
vulnerável e carente, à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não
foram devidamente comprovados. Além disso, tem valor inócuo, paliativo, populista
e esconde os reais problemas que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS).
Será que os “médicos importados” - sem qualquer
critério de avaliação ou com diplomas validados com regras duvidosas - compensarão
a falta de leitos, de medicamentos, as ambulâncias paradas por falta de
combustível, as infiltrações nas paredes e as goteiras nos hospitais? Onde
estão as medidas para dotar os serviços de infraestrutura e de recursos humanos
valorizados? Qual o destino dos R$ 17 bilhões do orçamento do Governo Federal
para a saúde que não foram aplicados como deveriam, em 2012? Porque vetaram
artigos da Emenda Constitucional 29, que se tivesse colocada em prática teria
permitido uma revolução na saúde?
Os protestos não pedem “médicos estrangeiros”,
mas um SUS público, integral, gratuito, de qualidade e acessível a todos. É
preciso reconhecer que é a falta de investimentos e a gestão incompetente desse
sistema que afastam os médicos brasileiros do interior e da rede pública,
agravando o caos na assistência.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde
(OMS), os Governos de países com economias mais frágeis investem mais que o
Brasil no setor. Na Argentina, o percentual de aplicação fica em 66%. No
Brasil, esbarra em 47%. O apelo desesperado das ruas é por mais investimentos
do Estado em saúde. É assim que o Brasil terá a saúde e os “hospitais padrão
Fifa”, exigidos pela população, e não com a “importação de médicos”.
A AMB, a ANMR, o CFM e a Fenam – assim como outras
entidades e instituições, os 400 mil médicos brasileiros e a população conscientes
da fragilidade da proposta de “importação” – não admitirão que se coloque em
risco o futuro de um modelo enraizado na nossa Constituição e a vida de nossos
cidadãos. Para tanto, tomarão todas as medidas possíveis, inclusive jurídicas,
para assegurar o Estado Democrático de Direito no país, com base na dignidade humana.
ASSOCIAÇÃO MÉDICA
BRASILEIRA (AMB)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DE MÉDICOS RESIDENTES (ANMR)
CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA (CFM)
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS (FENAM)
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