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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Diabetes como equivalente de doença coronariana: Quais evidências?

Diabetes é um fator de risco conhecido de doenças cardiovasculares. Foi por muito tempo utilizado, inclusive em guidelines de dislipidemia, como equivalente de doença coronariana e automaticamente classificando seu portador como tendo alto risco cadiovascular (RCV), independentemente da idade do doente ou tempo da doença.

Guidelines mais recentes recomendam avaliação individualizada do RCV (apesar de haver controvérsia da melhor forma de se calcular esse risco - Framingham? ASCVD - Pooled Cohort Equation?).

De forma geral, após 10 anos de diabetes, esse estudo demonstrou que o RCV torna-se similar.




Diabetes as a coronary risk equivalent
Diabetes mellitus (DM) is frequently referred to as a "coronary risk equivalent," meaning that the risk of a coronary heart disease (CHD) event is similar between individuals with DM and individuals with known CHD. However, this “equivalency” averages together patients with widely varying CHD risks, and many patients with DM have much lower risks. This was examined in a prospective cohort study that followed more than 1.5 million adults (ages 30 to 90) for a median of 9.9 years [3]. The rate of new CHD events was lower in patients with DM than in those with a prior CHD event (12.2 versus 22.5 events per 1000 person-years); the risk of events was similar only in patients who had DM for more than 10 years.
Rana JS, Liu JY, Moffet HH, et al. Diabetes and Prior Coronary Heart Disease are Not Necessarily Risk Equivalent for Future Coronary Heart Disease Events. J Gen Intern Med 2016; 31:387.

sábado, 1 de agosto de 2015

Quiz #14: Paciente evoluindo com lipotímia 3 dias após implante de marcapasso por BAVT


Paciente feminina de 53 anos comparece à emergência por lipotímia há algumas horas.

Três dias atrás, havia realizado implante de marcapasso por BAV total com síncopes frequentes. Procedimento ocorreu sem intercorrências, a paciente ficou assintomática e apresentava ativação adequada do MCP no ECG. Em casa queixou-se somente de dor leve na loja do marcapasso, Não havia flogose na região.

ECG de entrada mostrava ativação intermitente do marcapasso. Evoluiu com pulso de 38-42 bpm com síncope. Demais aspectos do exame físico sem alterações.

Raio X da admissão da paciente abaixo.





Qual a causa da arritmia da paciente?






domingo, 21 de junho de 2015

Como suspeitar de forma rápida que o paciente tem intervalo Qt aumentado?

Caros,

A dica abaixo é um repost do site cardiopapers.com que sugiro que deem uma olhada. Muita coisa interessante. 

QT prolongado é efeito colateral de várias drogas, inclusive a causa que mais comumente leva drogas serem tiradas do mercado pelo FDA. Pode ser difícil na prática clínica, não cardiológica, estar sempre calculando se não houver alguma suspeita, então a dica abaixo pode ajudar. ;)



DICA – COMO SUSPEITAR DE FORMA RÁPIDA QUE O PACIENTE TEM INTERVALO QT AUMENTADO?


Uma forma rápida de triar e de suspeitar de alargamento do intervalo QT é traçar uma linha na metade entre dois complexos QRS. Se a onda T terminar após essa linha, o intervalo QT deve ser longo e seria importante realizar os cálculos para determinar o QT e o QT corrigido 
qt Dica   como suspeitar de forma rápida que o paciente tem intervalo Qt aumentado?


Exemplo de Qt normal:


qt1 Dica   como suspeitar de forma rápida que o paciente tem intervalo Qt aumentado?

Exemplo de Qt aumentado:


qt2 Dica   como suspeitar de forma rápida que o paciente tem intervalo Qt aumentado?





domingo, 9 de março de 2014

Paciente hipertenso de difícil controle: algumas dicas para abordagem inicial

Dicas de como abordar hipertensão refratária


Fonte: lookfordiagnosis.com

Não é incomum encontrar em ambulatórios e unidades básicas de saúde alguns pacientes que se apresentam, via de regra, com níveis pressóricos elevados, alguns até grau III (≥180x110 mmHg - classificação VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão - Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51), mesmo com a prescrição de múltiplos antihipertensivos. 

Hipertensão resistente ou refratária é definida como a manutenção de níveis pressóricos inadequados a despeito do uso de 3 ou mais medicações de classes diferentes sendo uma delas um diurético adequado à função renal.

Muitas vezes poderá ser necessário encaminhamento para tratamento especializado, mas antes de encaminhar com esse fim (que no nosso sistema público pode demorar meses), é interessante atentar algumas coisas. Prescrição não é sinônimo de uso adequado de medicações, bem como orientações dietéticas ser não ser sinônimo de aderência a ela. Esses e outros itens seguem abaixo em um algoritmo publicado no Current Cardiology 4ª edição junto a trechos interessantes. É curto e vale a pena ler.





Alguns trechos do texto:

"Resistant hypertension is defined as failure to achieve BP target goal despite three or more drugs, one of which should be a diuretic. The first simple step in managing resistant hypertension, after excluding WCE, nonadherence to medications, and secondary hypertension, is to determine whether patients are on an appropriate class of diuretics based on renal function. Patients with estimated glomerular filtration rate (eGFR) > 50 mL/min/1.73 m2 should be treated with thiazide diuretics, particularly chlorthalidone, rather than loop diuretics because of longer half-life and proven efficacy in lowering BP. Patients with an eGFR of 30–40 mL/min/1.73 m2 or less should be on loop diuretics because the ability of thiazide diuretics to promote diuresis diminishes with impaired renal function. The use of an appropriate drug combination that provides synergistic effect on BP could minimize the number of medications needed to control hypertension. Assessment of hemodynamic variables is also helpful in deciding appropriate drug combination. For example, the use of BBs and a central sympatholytic drug generally yields minimal incremental benefit and is prohibited in patients with bradycardia or heart block. These patients should be treated with vasodilators such as DHP CCBs, ACEIs, ARBs, or hydralazine (Figure 2–2). Patients with elevated resting heart rate are more likely to derive large BP reduction with BBs, diltiazem, or verapamil because elevated heart rate is usually a good indicator for hyperkinetic circulation in hypertensive patients. Addition of spironolactone should also be considered in patients with resistant hypertension despite adjustment of medications, as mentioned earlier. An increasing body of evidence suggests that low-dose spironolactone between 12.5 and 25 mg/day, which is not likely to produce a major diuretic effect, causes a dramatic fall in BP on average of 25/12 mm Hg, when used as add-on therapy in patients with uncontrolled hypertension. Antihypertensive effect of spironolactone is observed even in patients with essential hypertension without an elevated aldosterone-to-renin ratio. Combination of DHP and non-DHP CCBs appears to have additive effects on peripheral vasodilation and BP, possibly due to binding to different sites of the receptors, and should also be considered in these patients. In contrast, addition of an ARB to ACEI has modest effects on BP, on average of only 5/3 mm Hg. The addition of long-acting nitrates may be considered in patients with isolated systolic hypertension who are refractory to treatment because it has been shown to be beneficial in one small study."


Abraços,

Novo Current de Cardiologia 2014 4ª Edição - grátis pelo Portal Saúde Baseada em Evidências

Novidade no AccessMedicine!

Caros,

Foi lançado o Current Cardiology 4ª Edição (2014) que já está disponível na AccessMedicine, que todos os médicos brasileiros que tenham CRM podem acessar via Portal Saúde Baseada em Evidências do Ministério da Saúde.

Se você tem CRM e ainda não tem cadastro nessa plataforma, veja os posts antigos de como fazer isso:

Confiram vários outros livros, como o Current Medical Diagnosis and Treatment 2014 e toda a série Current além de vários outros.

Antigamente, tínhamos acesso até ao UpToDate por aqui, mas o Ministério da Saúde cancelou. Espero que não cancelem o AccessMedicine...

Compartilhem!!!



Abraços,