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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

New Guidelines Released for Acute Pancreatitis Management

New Guidelines Released for Acute Pancreatitis Management | shared via feedly mobile


Fonte da foto: wakegastro.com
The American College of Gastroenterology has issued updated guidelines on the diagnosis, workup, nutrition, and management for patients with acute pancreatitis (AP). The new recommendations were published online July 30 and in the September issue of the American Journal of Gastroenterology.

AP is one of the most prevalent gastrointestinal diseases, and prevalence has been increasing in recent years. The AP case fatality rate has fallen over time, but there has been no change in the overall population mortality rate.

Within 1 week of onset (early AP), a systemic inflammatory response syndrome (SIRS) and/or organ failure may develop, and subsequently (after 1 week), there may be local complications.

"In order to be properly diagnosed with acute pancreatitis the pain should be severe," lead author Scott Tenner, MD, MPH, director of the Greater New York Endoscopy Surgical Center and associate professor of medicine at the State University of New York, said in a news release. "Patients can be falsely diagnosed if the criteria are not followed. In addition we recommend that a CT scan only be performed for patients when their diagnosis is not clear or if they have not had improvement 48-72 hours after hospital admission."

Two of the following 3 criteria should therefore be present to diagnose AP:
  • characteristic (severe) abdominal pain,
  • serum amylase and/or lipase exceeding 3 times the upper limit of normal, and/or
  • characteristic abdominal imaging findings (strong recommendation, moderate quality of evidence).
"During the past decade, there have been new understandings and developments in the diagnosis, etiology, and early and late management of the disease," the guidelines authors write.

Specific Recommendations
  • On presentation, patients should immediately be evaluated for hemodynamic status and receive necessary resuscitative measures.
  • Patients with AP should receive early, aggressive intravenous hydration, under close observation, unless contraindicated by cardiovascular and/or renal comorbidities. This intervention is most effective within the first 12 to 24 hours but may be of little benefit thereafter.
  • Patients with AP and concurrent acute cholangitis should undergo endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP) within 24 hours of admission. This procedure combines upper endoscopy and radiography to delineate and intervene in problems affecting the bile and pancreatic ducts.
  • To reduce the risk for severe post-ERCP pancreatitis, high-risk patients should receive pancreatic duct stents and/or postprocedure rectal nonsteroidal anti-inflammatory drug suppositories.
  • Clinical symptoms and laboratory findings typically allow AP diagnosis. Therefore, pancreatic contrast-enhanced computed tomography and/or magnetic resonance imaging should be performed only in patients in whom the diagnosis is unclear or who do not improve clinically.
  • Whenever feasible, patients with organ failure and/or SIRS should be admitted to an intensive care unit or intermediary care setting.
  • In patients with severe AP and/or sterile necrosis, routine use of prophylactic antibiotics is not recommended.
  • Antibiotics known to penetrate pancreatic necrosis may reduce morbidity and mortality in patients with infected necrosis, thereby delaying intervention.
  • Patients with mild AP without nausea and vomiting can immediately start oral feedings.
  • Patients with severe AP should receive enteral nutrition to prevent infectious complications. However, parenteral nutrition should be avoided in these patients.
  • No intervention is needed for asymptomatic pancreatic and/or extrapancreatic necrosis and/or pseudocysts, regardless of size, location, and/or extension.
  • Stable patients with infected necrosis should delay surgical, radiologic, and/or endoscopic drainage, preferably for 4 weeks, to allow time for a wall to develop around the necrosis.
  • The guidelines also provide recommendations for determining the etiology of the condition, including evaluation of all patients with transabdominal ultrasound.
  • No funding source was involved in the development of these guidelines, and the guidelines authors have disclosed no relevant financial relationships.

Am J Gastroenterol. 2013;108:1400-1415. Abstract

Fonte: MEDSCAPE

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Troponina na rotina laboratorial do HUWC e o Consenso da ACCF para sua interpretação

Caros,

A troponina foi definitivamente incorporada na rotina laboratorial do HUWC!

Aproveitando o ensejo, segue o ACCF 2012 Expert Consensus Document on Practical Clinical Considerations in the Interpretation of Troponin Elevations que traz recomendações sobre o uso da troponina em diversas situações clínicas. Lembra que nem sempre sua elevação representa infarto, mas que é um sensível marcador de necrose miocárdica. Esse consenso sugere ainda um algoritmo para decisão clínica. Entre as recomendações, seguem:


"Among the recommendations:
Fonte: www.thailabonline.com
  • Troponin testing should be performed only if clinically indicated for suspected MI.
  • For nonischemic clinical conditions, routine testing is not advised, except for cardiac prognosis in patients with chronic kidney disease and patients undergoing chemotherapy who have drug-induced cardiac injury.
  • For patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndrome, global risk assessment — rather than any single risk marker — should be used to guide therapeutic decisions."

Abraços,


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Teste da Mistura: como interpretar?

TESTE DA MISTURA
Fonte: http://www.hepcentro.com.br/images/coag.gif



O que é o teste de mistura?

O teste de mistura é muito utilizado para investigação inicial de exames de triagem de hemostasia com resultados anormais: Tempo de Protrombina (TP) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) "prolongados" (tempo em segundos maior que o limite superior de normalidade). O teste de mistura consiste na repetição do teste (TP e/ou TTPA) em uma mistura, em iguais proporções, do plasma do paciente com "pool" de plasmas normais.







Como o resultado do teste de mistura deve ser interpretado?

Um TP ou TTPA prolongados podem indicar duas possibilidades:

a) deficiência de um ou mais fatores da coagulação necessários para a normalidade do teste
b) presença de inibidor(es) que impede a formação do coágulo medida pelo teste. Em cada uma destas situações o teste de mistura mostrará um comportamento diferente.

No caso das deficiências de fatores, o teste de mistura revelará "normalização do resultado". O fator que está deficiente será suprido pelo "pool" de plasmas normais e desta forma haverá correção do teste (TP ou TTPA).
Na presença de inibidores da coagulação, o teste de mistura revelará manutenção do prolongamento do teste. Isto se dá, pois os inibidores (em geral anticorpos) presentes no plasma do paciente também interferem com o "pool" de plasmas normais e o teste permanece prolongado.

Como se comporta o teste de mistura em pacientes em uso de anticoagulantes?

Depende do anticoagulante. Anticoagulação oral por antagonistas da vitamina K (dicumarínicos e warfarin) leva à produção de fatores II, VII, IX e X funcionalmente deficientes. Desta forma, plasmas de pacientes em uso destes medicamentos comportam-se como plasmas com deficiência de fatores, ou seja, haverá correção dos tempos de TP e TTPA com o teste de mistura.
Já a heparina, provoca inibição de fatores (em particular os fatores II e X ativados) e, sendo assim, o teste de mistura se comportará como o observado para presença de inibidores, não havendo correção com o teste de mistura.

Como proceder quando o teste de mistura mostra correção dos tempos de TP ou TTPA?

Não havendo uso de anticoagulação oral, deve-se proceder à dosagem de fatores específicos da coagulação. Os fatores a serem dosados dependem da suspeita clínica e do comportamento dos demais teste de triagem de hemostasia para cada caso.

Como proceder quando o teste de mistura mostra manutenção do prolongamento dos tempos de TP ou TTPA?

Não havendo uso de heparina, deve-se proceder à investigação de inibidores inespecíficos (anticoagulante lúpico, anticorpo anti-cardiolipina) ou específicos (anticorpos contra fatores específicos da coagulação).

A presença de inibidor sempre causará teste de mistura com manutenção do prolongamento dos tempos de TP ou TTPA?

Ocasionalmente, quando o título de anticorpos for muito baixo ou o anticorpo for de baixa afinidade, poderá ocorrer normalização dos tempos do teste. Nestes casos, uma pesquisa mais sensível de inibidores (Pesquisa de inibidores da coagulação) indicará.sua presença.

Fonte: Laboratório Fleury

Convite para Jantar Científico pela Dra. Helane Gurgel

Caros,

A Dra. Helane Gurgel, endocrinologista formada no HUWC e diretora médica responsável pela qualidade e relacionamento médico do laboratório Pasteur estende convite para Jantar Científico organizado pelo Laboratório Pasteur, Unimagem e DASA com o tema:

Avaliação por imagem das lesões hipofisárias.

Mais informações abaixo:



Abraços,

domingo, 20 de outubro de 2013

Declaração de Helsinki - JAMA Online First

JAMA. Published online October 19, 2013. doi:10.1001/jama.2013.281316
http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1760319


Viewpoint | 

The Declaration of Helsinki, 50 Years Later FREEONLINE FIRST

Paul Ndebele, PhD1
JAMA. Published online October 19, 2013. doi:10.1001/jama.2013.281316
Text Size: A A A


Fifty years and 7 revisions later, the 2013 version of the Declaration of Helsinki includes several important changes. By changing the format and including several subsections, the revised declaration enhances and improves clarity regarding specific issues. By having specific issues covered under these subsections, the declaration is now “ bolder” in the way it addresses specific issues. The new formatting will also be welcomed by readers because the subsections improve the readability of the document. By so doing, the Declaration of Helsinki is a better and more important authority at what it is aimed at achieving—providing guidance on conducting medical research involving humans.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sessão de Clínica Médica 18/10/2013 - Distúrbios de coagulação

Caros,

A sessão de sexta-feira 18/10/2013 abordou o tema distúrbios de coagulação com base em caso clínico de uma paciente com extensas equimoses.

Seguem, para download, o artigo que embasou a discussão e a apresentação em formato PPT do R1 Tales:

Pode também visualizar a apresentação abaixo:



Abraços,

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Declaração de Helsinki - chegando nos 50 anos e WMA General Assembly

Caros,

A Associação Médica Mundial (World Medical Association - WMA) é uma federação de Associações Médicas Nacionais e representa mais de 8 milhões de médicos de cerca de 100 países do Mundo. Sua Missão é:

"servir a humanidade numa jornada em busca do mais alto 
padrão internacional na educação médica, ciência médica, ética médica e cuidado médico e em saúde para toda população do mundo" 


A Assembleia Geral da WMA está ocorrendo no nosso Estado, no Hotel Vila Galé do Cumbuco, de 16 a 19 de outubro. Entre os vários tópicos e assuntos abordados, um se destaca:

A revisão da Declaração de Helsinki


A DECLARAÇÃO DE HELSINKI - O QUE É?

A Declaração de Helsinki trouxe e instituiu em 1964 um conjunto de princípios éticos para pesquisa clinica (experimentos em seres humanos). Esses princípios foram estabelecidos pela Associação Médica Mundial para a comunidade médica. Hoje, entendendo a pesquisa clínica não somente como a pesquisa com o sujeito em si, mas também com seus dados e materiais biológicos, a Declaração de Helsinki teve várias emendas ao longo do tempo. Passou de 11 para 35 parágrafos (que em breve serão 37, avisando em primeira mão!)

HISTÓRICO DA DECLARAÇÃO DE HELSINKI

Fonte: geocities.ws/isabelldiniz/cumbuco.jpg
  • 1964: Original version. 18th Meeting, Helsinki
  • 1975: First revision. 29th Meeting, Tokyo
  • 1983: Second revision. 35th Meeting, Venice
  • 1989: Third revision. 41st Meeting, Hong Kong
  • 1996: Fourth revision. 48th Meeting, Somerset West 
  • 2000: Fifth revision. 52nd Meeting, Edinburgh
  • 2002: First clarification, Washington
  • 2004: Second clarification, Tokyo
  • 2008: Sixth revision, 59th Meeting, Seoul
  • 2013: Seventh revision, 64th Meeting, Cumbuco


(Veja aqui a íntegra da Declaração de Helsinki de 2008 - 7ª e última versão oficial).
(Veja aqui o Draft a ser discutido em Assembleia - 8ª versão - preview).

COMO SURGIU?
O CÓDIGO DE NUREMBERG E A DECLARAÇÃO DE GENEVA

Karl Brandt em Nuremberg. Fonte:www.notevenpast.org
A necessidade de uma declaração como esta foi patente após o conhecimento dos experimentos realizados por médicos associados ao regime nazista em prisioneiros de guerra e cidadãos alemães. Essa atrocidades foram expostas após o final da segunda guerra mundial no julgamento de Karl Brandt e mais 22 médicos em Nuremberg, conhecido como Dorctor's Trial (julgamento dos médicos). A maioria desses médicos argumentou que não havia nenhum instrumento, orientação ou lei que definisse ou diferenciasse experimentos legais de ilegais. Por esse motivo, vários médicos não foram condenados por seus experimentos, mas por sua ligação direta com outras mortes no Holocausto.

Nesse contexto, o Major Leo Alexander, psiquiatra americano de ascendência Austríaca e Judia, consultor médico chefe no julgamento de Nuremberg, enviou ao Conselho de Crimes de Guerra 6 pontos para que se considerasse uma pesquisa médica como legítima e ética. Junto ao veredicto foram adicionados mais 4 pontos num total de 10 pontos que constituíram o Código de Nuremberg. Os principais contrapontos foram a necessidade do consentimento informado, ausência de coerção e a beneficência para toda e qualquer experimentação com humanos (Veja aqui a íntegra do código de Nuremberg). Escreveu que "science under dictatorship becomes subordinated to the guiding philosophy of the dictatorship". Dentre outras coisas, atribui-se ainda a Leo Alexander ter cunhado o termo Tanatologia.

A Declaração de Geneva foi instituída em 1948, também pela Associação Médica Mundial, como um "revisão dos tempos modernos" do Juramento Hipocrático. Já teve também várias revisões. (Veja aqui a íntegra da Declaração de Geneva).

FINALIZANDO...

O Draft foi aprovado, com votação das alterações sugeridas a cada parágrafo, com 37 parágrafos, que tiveram poucas modificações, e deve ser em breve publicado.

Abraços,


sábado, 12 de outubro de 2013

Protocolo Vancocinemia - HUWC

Caros,

Há algum tempo o laboratório do HUWC vem realizando o teste de concentração sérica de vancomicina, ou vancocinemia.

Com o objetivo de melhor estruturar esse exame na rotina clínica, a CCIH em conjunto com o laboratório elaboraram um protocolo de vanconcinemia que divulgamos abaixo.

Segue, como adendo, um interessante artigo da Cleveland Clinic sobre a vancomicina. (CLEVELAND CLINIC JOURNAL OF MEDICINE VOLUME 78 • NUMBER 7 JULY 2011)


PROTOCOLO VANCOCINEMIA - HUWC


Introdução
A vancomicina é o antibiótico de escolha para tratamento das infecções por Staphylococcus sp oxacilina resistente. O nível sérico adequado da vancomicina está associado à menor taxa de falência terapêutica, menor risco do desenvolvimento de resistência bacteriana e de toxicidade.

Definição

Garantir nível sérico bactericida.

Objetivos

O objetivo do protocolo é corrigir a posologia da vancomicina de acordo com o seu nível sérico

Dose da vancomicina:
  • Dose de ataque: 15-20 mg/kg  (calculada pelo peso atual do paciente)
    • Não ultrapassar 2g por dose total
  • Se paciente grave (sepse, meningite, endocardite): 25-30 mg/kg
  • Dose de manutenção: 15-20 mg/kg/dose  a cada 8-12 h
    • Infundir em 2 horas (para evitar Sd. do homen -vermelho)
    • Avaliar necessidade de dose após hemodiálise se capilar de alto fluxo.
Indicação de coleta de vancocinemia
  • Pacientes sépticos
  • Infecções graves (endocardite, meningite, pneumonia)
  • Ins. Renal crônica
  • Pacientes idosos
 Intervalo de coleta:
  • 1º coleta: imediatamente antes (até 2h antes) da 3ª ou 4° dose da vancomicina, desde que seja entre 7 e 18h
  • Se pacientes em hemodiálise: antes da 2° dose (no mínimo de 24 h após a 1° dose), e coletar vancocinemia 1 x por dia, até atingir nível terapêutico
 Obs.: Horário de recebimento de amostra no laboratório de análises clínicas do HUWC– 7:00h as  18:00


Objetivo terapêutico:

Atingir nível de vale (antes da próxima dose): 15 a 20 mcg/dL

OBS:
  • O nível de vale é o que tem maior acurácia para monitorizar a vancocinemia
  • O nível de pico (após a dose) não deve ser monitorizado.
  • A monitorização deve ser diária mesmo nos pacientes que estão em suporte dialítico.

De acordo com o resultado da vancocinemia, o médico deverá reajustar a dose da vancomicina seguindo a tabela abaixo:
  • <15 mcg/dL

Diminuir o intervalo de dose, conforme o último aprazamento realizado:
Se dose a cada 48h → cada24h
Se dose a cada 24h → cada 12h
Se dose a cada 12h → cada 8h
Se dose a cada 8h → cada 6h      ou
Aumentar a dose em 250  mg mantendo o aprazamento
Colher nova vancocinemia antes da próxima dose, até atingir a concentração no vale entre 15 a 20 mcg/dL

  • 15-20 mcg/dL

Sem alterações na posologia
Não colher mais

  • 20-30 mcg/dL

Diminuir a dose pela metade mantendo o aprazamento
Colher nova vancocinemia antes da próxima dose, até atingir a concentração no vale entre 15 a 20 mcg/dL

  • >31 mcg/dL

Suspender até realização da próxima vancocinemia
Colher nova vancocinemia após 12 h da suspensão,  até atingir a concentração no vale
 entre 15 a 20 mcg/dL

Elaborado pela CCIH/HUWC/UFC


Abraços,