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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Como comunicar notícias ruins?


Caros,

No nosso último CCC, tivemos um tema extremamente importante e especialmente difícil de ser abordado por nós médicos. Não se acha em qualquer livro nem fica em evidência como os últimos guidelines da American Heart. O tema: Como comunicar notícias ruins?

Já dizia Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica!" e muitas vezes a forma de se dar a mensagem pode ser tão importante quanto a mensagem em si.

Mas o que chega a ser uma notícia ruim?

"Qualquer notícia que afete de forma adversa e negativa as expectativas que uma pessoa tenha relativas ao seu futuro"

domingo, 22 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

CCC - Uso terapêutico do Magnésio

Discutimos no último CCC de 4/7/12 terapêutica com Magnésio.
Alguns pontos são muito importantes e merecem ênfase:
  • Pode haver Magnésio corporal total baixo, mesmo com níveis séricos no intervalo normal. Nesse caso, deve-se avaliar a necessidade de reposição independentemente dos níveis séricos em contextos clínicos especiais;
  • O tempo para equilíbrio do magnésio reposto na forma EV com os diversos compartimentos corporais é lento, ou seja, se for feito muito e de forma muito rápida os níveis séricos se elevam, sem representar plenitude de estoque corporais;
  • Ao se iniciar reposição de magnésio, essa deve ser mantida pelo menos de 3 a 5 dias após normalização dos níveis séricos
Seguem os artigos:
Tabelazinha que vale a pena ver:



Abraços,


terça-feira, 12 de junho de 2012

Dengue - Material complementar ao CCC

Psoas,

Hoje posto um assunto super importante, tema passado do CCC com nossa R3 de clínica Gabriela Studart: DENGUE!

Estamos vivenciando esse tema intensamente, quer como cuidadores, quer como cuidados...

Estamos em meio a uma epidemia de dengue. Epidemia que terá algumas características diferentes, haja vista introdução de um novo sorotipo do vírus da dengue (DEN-4) a partir de 2011 e uma grande população de suscetíveis.



O último boletim epidemiológico da SESA Ceará, evidencia mais de 14 mil casos em Fortaleza (Boletim epidemiológico - SESA/CE - 08/JUN/2012), que representa 71% dos casos do Estado, com incidência de mais de duas vezes a incidência necessária para que se considere uma epidemia (602,12 casos por 100 mil habitantes).

Nesse contexto, posto a publicação recente e bem pertinente do NEJM sobre dengue (N Engl J Med 2012; 366:1423-1432 April 12, 2012) que embasou a apresentação da Dra. Gabriela no último CCC.
Existem 4 sorotipos do vírus da dengue. Atualmente circulam principalmente o DEN-1 e DEN-4 no Ceará. Cada qual pode causar doença com um amplo espectro de apresentação clínica. Interessante que a forma mais comum de apresentação da dengue, não é a chamada dengue clássica (febre quebra ossos), que quem teve nunca esquece, mas a forma oligossintomática ou até mesmo assintomática.

Cada infecção confere imunidade definitiva ao sorotipo que a causou e transitória aos demais. Após essa fase de imunidade universal transitória, o paciente fica suscetível à forma "hemorrágica" da doença, que por sinal tem um nome inapropriado, não sendo a principal fisiopatologia dessa apresentação.  O vírus do dengue infecta principalmente as células reticuloendoteliais e miócitos, daí, com anticorpos não neutralizantes há uma "potencialização" da infecção das células reticuloendoteliais que leva a uma cascata que culmina com a liberação de uma enxurrada de citocinas. As citocinas levam a um aumento da permeabilidade vascular com efluxo de plasma do intravascular e diminuição do volume efetivo. Por isso o hematócrito sobe e não desce, a despeito choque. Claro que eventualmente manifestações hemorrágicas podem predominar.

As formas hemorrágicas podem ser classificadas como Febre Hemorrágica do Dengue e Síndrome do Choque do Dengue. Manifestações atípicas como encefalite, bem como os quadros típicos, mas que não se enquadrem no critérios necessários para FHD/SCD devem ser classificados como Dengue com complicação.

O tratamento é simples... VOLUME! Quer por via oral, quer por via endovenosa. O último manual do Ministério da Saúde (Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico - Adulto e Criança - 4ª Edição DF/2011) explica de maneira muito prática a forma de administração de volume EV e VO, bem como inúmeras informações importantes.

Por favor, lembrem-se: na necessidade de hidratação venosa, há necessidade de EXPANSÃO. Vê-se nas emergências públicas e privadas, abarrotadas, pacientes com HV e o soro pingando lentamente... Isso não é expansão! Para rever esses conceitos, leiam o post de Hidratação Venosa, postado anteriormente nesse blog.

Finalizando, algumas observações importantes:
  • Dengue é doença febril aguda. Não colocá-la como diagnóstico diferencial de doenças com mais de 15 dias de febre. Não foi incomum receber pacientes com mais de um mês de febre e plaquetopenia como suspeita de dengue…
  • Não há necessidade de um quadro clássico prévio para se ter dengue hemorrágica (lembrar que maior parte é oligossintomática);
  • RN e lactentes até 6 meses podem ter anticorpos da mãe e desenvolver febre hemorrágica do dengue na primoinfecção;
  • Fisiopatologia principal da dengue hemorrágica não é hemorragia, mas aumento de permeabilidade vascular com perda de volume efetivo e aumento de hematócrito: "O que mata não é o que desce (plaquetas), mas o que sobe (hematócrito)";
  • Restabelecimento do volume efetivo é feito com expansão e não hidratação de manutenção;
  • Nos casos que possam ser tratados em domicílio, cuidado com a intensa astenia da dengue... Sempre perguntar se existe alguém capaz de cuidar do paciente. Cuidado com o paciente que mora sozinho... Ele pode chocar do lado de várias garrafas de líquido, por não ter coragem de se mexer para bebê-la... Mais uma vez, cuidado com o social...  
Por favor, deem vossas contribuições!

Abraços,

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Café-com-clínica: 09/05/12 - Neuropatia esquisita pós cirurgia bariátrica que não responde a Vit. B12

Olá pessoas!

Caso do Resident's Clinics da Mayo Clinic que discutimos nessa quarta.

Caso interessante de um paciente pós cirurgia bariátrica com neuropatia periférica, que não fazia nenhuma suplementação e desenvolveu anemia macrocítica associada a uma neuropatia periférica.

Até aí sem muito mistério... Mas que tal saber que o paciente apresentou piora progressiva depois de reposição adequada de vitamina B12 e dosagem sérica de B12 normal? Qual o motivo dessa neuropatia que parece com deficiência de B12, surge após cirurgia bariátrica, dá alteração de propriocepção, sensibilidade vibratória, ou seja, é uma síndrome medular posterior, mas não é por deficiência de B12?

terça-feira, 8 de maio de 2012

"Alta a pedido" - O que fazer nessa situação?

TEMA do último CCC em 25/04/12

Caros, 

Tivemos no último CCC uma discussão interessante sobre o que chamamos "Alta a pedido". Em nenhum momento vamos tratar aqui com propriedade de especialista ou capacidade de dar juízo definitivo. Falo como quem passou por essas situações, leu um pouco e teve a oportunidade de discutir com um grande amigo advogado, também sob a ótica do direito. Trata-se de opinião pessoal.
Começamos o CCC lembrando dos princípios da bioética (beneficência, mal maleficência, autonomia e justiça). Vê-se a alta a pedido como um conflito clássico de beneficência versus autonomia.

domingo, 22 de abril de 2012

Como fazer Hidratação Venosa?

Hidratação Venosa - conceitos

Caros amigos,

No nosso último CCC, discutimos um pouco sobre os conceitos de uma das coisas mais comuns da prática hospitalar: a prescrição de hidratação venosa.

A hidratação venosa, muitas vezes prescrita de forma empírica e automática, deve ser considerada como qualquer outra terapêutica farmacológica, tendo sua composição, volume, forma, velocidade de administração e indicação cuidadosamente avaliados e individualizados.

O primeiro passo na prescrição da hidratação venosa é avaliar qual o objetivo dessa hidratação, que pode ser basicamente:

  1. EXPANSÃO
  2. REPOSIÇÃO
  3. MANUTENÇÃO

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Como anda a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) nas enfermarias do HUWC? A resposta: Melhorando!


Está em processo de finalização e implementação um protocolo operacional padrão (POP) para o atendimento de pacientes em parada cardiorrespiratória (PCR) em ambiente de enfermaria no HUWC.Os protocolos são baseados nos guidelines da American Heart Association publicados no Circulation (November 2, 2010, Volume 122, Issue 18 suppl 3 - acesso livre). Adaptadas à nossa realidade, as condutas visam fortalecer os 5 elos fundamentais para uma boa RCP:

  1. Reconhecimento da PCR e ativação do serviço médico ("código azul")
  2. Manobras de RCP priorizando massagem cardíaca de alta qualidade
  3. Terapia elétrica - desfibrilação quando indicada
  4. Suporte de Vida Avançado em Cardiologia
  5. Cuidados pós-parada

sábado, 7 de abril de 2012

Café-com-Clínica 04/04/2012

Caros,
Tivemos em 04/04/12 mais uma edição do café-com-clínica (CCC). Tratamos de assuntos relacionados à nefrologia baseados em um artigo interessante da Mayo Clinic, novamente da série Concise Review for Clinicians. O tema do artigo é até inusitado: The Top 10 Things Nephrologists Wish Every Primary Care Physician Knew.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Café-com-Clínica 28/03/2012

Caros,


Segue artigo no qual foi embasado nosso último café-com-clínica (CCC).
Podem baixar em: http://www.box.com/shared/fd0f1e38284366ea9e30


Clinical Pearls in Cardiology da série Concise Review for Clinicians 
Mayo Clin Proc. May 2010;85(5):473-478


Abraços,