O tradicional jejum de 12-14 horas para a coleta do
colesterol e suas fração pode não ser indispensável!
É o que sugere um estudo publicado em 12 de novembro no Archives of Internal Medicine (Fasting Time and Lipid Levels in a Community-Based Population Arch Intern Med. 2012 November, 12th. Online First) que você pode ver aqui.
Publicado nas maiores revistas de circulação geral no mundo (veja aqui), um fato tão simples deve ter trazido tanta repercussão por conta da inconveniência para todos desse jejum que atrapalha o jantar, o acordar, o trabalho no outro dia, enfim toda rotina… Ver na semana quando dá pra chegar um pouco atrasado ou acordar 05h00 no sábado pra não encontrar o laboratório cheio! Quem já não perdeu ou não conhece alguém que perdeu o exame por aquela comidinha “sem querer”?
Bem, esse estudo contou com mais de 200 mil participantes! A maior variação, como esperado, ocorreu com os triglicerídeos. Apesar de valores no perfil lipídico variando de 10 até 20% de acordo com o subtipo, solicitar o perfil lipídico em paciente que não esteja em jejum pode ser considerado. Trazendo para a realidade facilitaria bastante poder sair do consultório e passar logo no laboratório para coletar os exames, não?
Alguns até argumentam que pode ser interessante, haja vista que a resistência insulínica também faz com que haja uma maior elevação dos triglicerídeos pós-prandiais…
Entretanto, há várias subpopulações em que não se sabe o impacto ao certo, como diabéticos e cardíacos… talvez vai valer mais para o screening? Bem, fica a dica. Então, talvez melhor ver como está o perfil sem ser em jejum do que esperar para sempre o retorno desse paciente...
Rainardo,
ResponderExcluirgostaria de parabenizar a sua iniciativa (e principalmente a continuidade) em se fazer esse blog.
Sou um leitor assíduo e acho que os tópicos abordados são interessantíssimos.
Gostaria de deixar minha contribuição sobre um tema que vejo ser muito negligenciado nos cuidados dos pacientes, sobretudo os internados.
Trata-se a respeito dos cuidados a serem tomados na administração de fármacos via enteral.
Não basta simplismente 'triturar, misturar com água e mandar ver', como é a grande realidade das enfermarias do serviço público/privado.
Segue um texto de revisão sobre alguns fármacos e a melhor estratégia de administração via enteral.
http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/1035-einsteinv7n1p9_17.pdf
Um abraço,
Daniel Valente
Caro Daniel, obrigado! Conheço essa publicação do Einstein e concordo com vc. Vou publicar um post com ela com créditos como sua sugestão. Abraços!
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