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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Eleição do Comitê de Ética Médica - 10 e 11 de Fevereiro de 2015

Caros,

A pedido da direção do hospital, divulgamos que nas próximas terça e quarta-feiras, dias 10 e 11 de fevereiro de 2015, haverá eleição para composição do Comitê de Ética Médica do complexo HUWC/MEAC.

Podem votar todos médicos que compõe o complexo, inclusive médicos residentes.

As urnas estarão disponíveis no saguão do hospital das clínicas e nas ilhas de ambulatórios nos períodos de manhã e tarde.


Abraços,



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

domingo, 25 de janeiro de 2015

Obesidade: Podemos estar contribuindo para aumentar a epidemia de obesidade? Primum non nocere


Podemos estar contribuindo para aumentar a epidemia de obesidade?

Muitas medicações tem sido implicadas em ganho de peso. Algumas são de uso comum na prática clínica como:

  • Antidepressivos
  • Anti-epiléticos
  • Antipsicóticos
  • Betabloqueadores
  • Corticóides
  • Antihistamínicos
  • Hipoglicemiantes
  • Contraceptivos injetáveis
  • Antiretrovirais

Possuem a saúde particularmente vulnerável a esse efeito pacientes com sobrepeso e obesos (IMC ≥ 25 e especialmente IMC ≥ 30 ou IMC ≥ 27 com comorbidades).

Os novos guidelines para tratamento farmacológico da obesidade (Pharmacological Management of Obesity: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. doi: 10.1210/jc.2014-3415) trazem recomendações para indicar fármacos que induzam perda de peso, mas também focam especificamente em alternativas às medicações associadas com ganho de peso e, quando não possível, na discussão e esclarecimento dos seus efeitos colaterais e de como monitorá-los, especificamente nesses pacientes mais vulneráveis.

Lembrando que os fármacos são somente adjuntos para auxiliar na mudança de estilo de vida, nunca será demais enfatizar que a reeducação alimentar e atividade física continuam detento papel fundamental nesse processo.

Entretanto, costumamos esquecer que muitas vezes podemos "co-participar" da obesidade dos nossos pacientes ao prescrever medicações que promovam ganho de peso, especialmente se não tiverem uma indicação precisa.

A prescrição de antidepressivos, como a amitriptilina, frequentemente é banalizada para qualquer síndrome dolorosa ou distúrbio leve do humor, ajuste ou luto. Este tratamento pode agravar a obesidade e piorar condições decorrentes e/ou associadas a ela, como diabetes, osteoartrose de joelho, apneia do sono,  baixa auto-estima etc. num ciclo vicioso.

Isso não é só prerrogativa de alguns antidepressivos, como vimos. Seguem alguns exemplos de medicações associadas com ganho ponderal e alternativas (ver o restante na publicação):

# Antidepressivos
Ganho de peso: Paroxetina, Amitriptilina, Mitarzapina, Nortriptilina
Ganho leve a longo prazo: Duloxetina, Venlafaxina
Neutro: Citalopram, Escitalopram
Perda inicial / neutro: Fluoxetina, Sertralina
Perda de peso: Bupropiona

#Antipsicóticos
Ganho de peso: Olanzapina > Clozapina > Quetiapina > Risperidona > Ziprasidona

# Antiepiléticos
Ganho de peso: Ácido Valpróico > Gabapentina > Pregabalina / Carbamazepina
Neutro: Lamotrigina, Levecetirezam, Fenitoína
Perda de peso: Topiramato, Zonisamida

#Antihistamínicos (evidência fraca)
Ganho de peso: Antihistamínicos COM propriedades sedativas > Antihistamínicos SEM propriedades sedativas

#Betabloqueadores (evidência fraca)
Ganho de peso: Betabloqueadores com propriedades vasodilatadoras (Carvedilol, Nebivolol) < Outros betabloqueadores.

#Hipoglicemiantes
Ganho de peso: Insulinas, sulfonilreias, glitazonas, glinidas
Neutro: Inib alfa-glicosidase, inibidores DPP-4
Perda de peso: Agonistas GLP-1, metformina, inibidor SGTL-2


Então uma das formas de prevenir o aumento da epidemia de obesidade continua sendo a máxima: Primum non nocere



sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Como o sol vê você? "How the sun sees you" - A importância do protetor solar

A importância do protetor solar

Imagens "falam" mais que mil palavras. Veja o vídeo abaixo e se surpreenda.


Um artigo recente do JAMA Dermatology (Trends in Sunscreen Recommendation Among US Physicians. JAMA Dermatol. 2014;150(1):51-55.), mostra que a recomendação do uso de protetor solar em consultas médicas gerais é muito baixa nos Estados Unidos (e aqui não deve ser diferente). Em somente 0,07% das consultas médicas ele é mencionado. E só aumenta para 1,6% em consultas gerais com dermatologistas. Não necessariamente um erro crasso, haja vista tantas coisas importantes e prioritárias que também necessitam ser mencionadas, como atividade física, dieta, orientações contra tabagismo, orientações para uso correto de medicações, efeitos colaterais, doenças etc. e, em geral, tempo escasso para consulta.

O diagnóstico mais relacionado à menção de protetor solar foi ceratose actínica e a faixa etária para a qual ele mais foi mencionado foi para os octagenários. Infelizmente aí não falamos mais de prevenção primária. Lembrar que parte importante da lesão e fotoenvelhecimento ocorre precocemente na vida, principalmente nas primeiras duas décadas.

Então, mães e pais, não deixem de aplicar protetor nos filhos. Noventa por cento dos cânceres de pele melanoma e não melanoma tem relação com exposição à radiação ultravioleta.

As principais recomendações de acordo com diversas sociedades:
  • Procurar sombra e evitar exposição ao sol, principalmente no período de 10 às 16 horas
  • Usar roupas fotoprotetoras, especialmente com manga longa, calças longas e boné que protejam a área dos pescoço
  • APLICAR E REAPLICAR periodicamente PROTETOR SOLAR
  • Evitar bronzeamento artificial

O uso do protetor solar tem um papel fundamental na prevenção de doenças de pele como diversos cânceres e o fotoenvelhecimento. Então vamos aproveitar esse espaço para disseminar esse conhecimento e poder servir como complemento para prevenção primária de doenças relacionadas à exposição solar.


Abraços,




quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

QILTF2ADC: o que é?

O que é o QILTF2ADC?

Trazendo algo que o Dr. George costuma falar nas visitas e que não devemos esquecer ao fazer a anamnese: O QILTF2ADC.

Os menores tijolos para construção da anamnese são os sinais e sintomas que, quando em conjunto, nos levam ao diagnóstico por um padrão de reconhecimento. Entretanto as características e peculiaridades de cada um desses sinais e sintomas podem ser mais importantes que sabê-los isoladamente. Eles devem ser reduzidos e especificados em suas características. Então, pra toda queixa ou sintoma devemos fazer o QILTF2ADC:


Q - ualidade
I - ntensidade
L - ocalização e irradiação
T emporalidade
F - atores de melhora
F - atores de piora
A - ssociados
D - imensões inconstantes
Contexto


Outra opção, muito utilizada pelos americanos é o SOCRATES.

S - ítio (onde)
O - nset (como começou)
C - aracterísticas
R - adiação
A - ssociados
A - liviadores
T - emporalidade
E - xacerbadores
S - everidade



Abraços,

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Como treinar para uma maratona?

Quando se fala em uma meta de superação, na cabeça de muitos cruza a ideia de conseguir terminar uma maratona. Alguns vão bem além disso, como nosso colega intensivista Acrízio Dedê, ultramaratonista selva :) ... Para outros pode ser suficiente meia maratona, 10 km, 5 km...

O momento parece propício, uma vez que tivemos uma virada de ano (metas novas) e ainda com Fortaleza entrando no circuito de tantas corridas de rua e ainda mais um IronMan, recentemente.

Esse pequeno artigo FREE do Circulation (2 páginas), voltado para pacientes é interessante. Foca em dois domínios além do óbvio (condicionamento físico). O primeiro é o cuidado para não sofrer lesões. Corredores são dos esportistas que mais se lesionam em ano de atividade - entre 37 a 56%, chegando a 90% nos que treinam para maratona. O segundo é a preparação psicológica com algumas estratégias para "navegar" pelas horas de corrida.

Pra quem tiver interesse, boa leitura.