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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Atualização Surviving Sepsis Campaign


Para baixar essa atualização em PDF, clique aqui.
Para baixar o Surviving Sepsis Campaign 2012, clique aqui.


The leadership of the Surviving Sepsis Campaign (SSC) has believed since its inception that both the SSC Guidelines and the SSC performance improvement indicators (1) will evolve as new evidence that improves our understanding of how best to care for patients with severe sepsis and septic shock becomes available.

With publication of 3 trials (2,3,4) that do not demonstrate superiority of required use of a central venous catheter (CVC) to monitor central venous pressure (CVP) and central venous oxygen saturation (ScvO2) in all patients with septic shock who have received timely antibiotics and fluid resuscitation compared with controls or in all patients with lactate >4 mmol/L, the SSC Executive Committee has revised the improvement bundles as follows:

TO BE COMPLETED WITHIN 3 HOURS OF TIME OF PRESENTATION*:
  1. Measure lactate level
  2. Obtain blood cultures prior to administration of antibiotics
  3. Administer broad spectrum antibiotics
  4. Administer 30ml/kg crystalloid for hypotension or lactate ≥4mmol/L
* “Time of presentation” is defined as the time of triage in the emergency department or, if presenting from another care venue, from the earliest chart annotation consistent with all elements of severe sepsis or septic shock ascertained through chart review.

TO BE COMPLETED WITHIN 6 HOURS OF TIME OF PRESENTATION:
  1. Apply vasopressors (for hypotension that does not respond to initial fluid resuscitation) to maintain a mean arterial pressure (MAP) ≥65mmHg
  2. In the event of persistent hypotension after initial fluid administration (MAP < 65 mm Hg) or if initial lactate was ≥4 mmol/L, re-assess volume status and tissue perfusion and document findings according to Table 1.
  3. Re-measure lactate if initial lactate elevated. 



TABLE1.

DOCUMENT REASSESSMENT OF VOLUME STATUS AND TISSUE PERFUSION WITH:

EITHER

  • Repeat focused exam (after initial fluid resuscitation) by licensed independent practitioner including vital signs, cardiopulmonary, capillary refill, pulse, and skin findings.

OR TWO OF THE FOLLOWING:
  • Measure CVP
  • Measure ScvO2
  • Bedside cardiovascular ultrasound
  • Dynamic assessment of fluid responsiveness with passive leg raise or fluid challenge
    Of note, the 6-hour bundle has been updated; the 3-hour SSC bundle is not affected.
    While no suggestion of harm was indicated with use of a central line in any trial, and published evidence shows significant mortality reduction using the original SSC bundles (5), the committee has taken a prudent look at all current data and, despite weaknesses as in all studies, determined the above bundles to be the appropriate approach at this time.


    References:
  1. Dellinger RP, Levy MM, Rhodes A, et al. Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2012. Crit Care Med 2013; 41:580637
  2. ProCESS Investigators, Yealy DM, Kellum JA, Juang DT, et al. A randomized trial of protocol- based care for early septic shock. N Engl J Med 2014; 370(18):1683-1693
  3. The ARISE Investigators and the ANZICS Clinical Trials Group. Goal-directed resuscitation for patients with early septic shock. N Engl J Med 2014; 371:1496-1506
  4. Mouncey PR, Osborn TM, Power GS, et al for the ProMISe trial investigators. Trial of early, goal- directed resuscitation for septic shock. N Engl J Med 2015: DOI: 10.1056/NEJMoa1500896
  5. Levy MM, Rhodes A, Phillips GS, et al. Surviving Sepsis Campaign: association between performance metrics and outcomes in a 7.5 year study. Intensive Care Med 2014; 40: 1623- 1633 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Antibióticos para resfriado e rinite purulenta aguda: Primum non nocere

Link: http://cochrane.bvsalud.org/cochrane/show.php?db=reviews&mfn=232&id=CD000247&lang=en&dblang=&lib=COC&print=yes


Fonte:lillingtonmedicalservices.org
Uma revisão da Cochrane, atualizada no início de 2014, reforça conhecimento de que antibióticos não devem ser utilizados em pessoas com sintomas de resfriado simples nem mesmo com rinorreia purulenta de menos de 10 dias.
Não só não houve melhora do quadro e sintomas quando comparado com placebo, como houve, de forma estatisticamente significante, mais efeitos colaterais causados pelos antibióticos como náuseas, dores abdominais, diarreia e reações alérgicas, entre outros. Sem falar na possibilidade de indução de resistência bacteriana.

A publicação segue como mais um reforço ao uso judicioso e criterioso de antimicrobianos e para seguimento do primum non nocere (não maleficência).

Entretanto, lembremos que os pacientes muitas vezes podem vir com um modelo de doença prévio que está arraigado na sua mente de que os antibióticos provavelmente melhorarão seu quadro. Como resolver esse conflito? Algumas coisas podem ser importantes como: 1) Não desprezar a queixa principal 2) Utilizar de tempo para explicar e tentar construir um novo modelo de doença e 3) talvez mais importante e difícil, garantir acessibilidade para reavaliação de acordo com evolução do caso.

Não esquecer que, como sempre, nós somos responsáveis pela medicina que nós e nossos colegas praticam. A "falta de tempo" em educar o paciente, perpetua esse modelo em que todos reclamamos, mas, em última análise, comparticipamos.

Para ver a revisão da Cochrane completa, clique abaixo:

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Protocolo de tratamento para Germes multiresistentes - HUWC

Caros,

Segue protocolo para tratamento de germes multiresistentes elaborado pela CCIH do HUWC encaminhado para divulgação pela  Dra. Evelyne Santana Girão (Controle de Infecção Hospitalar).

Para fazer o download no formato PDF, clique aqui.





PROTOCOLO - TRATAMENTO DE GERMES MULTIRRESISTENTES
CCIH - HUWC -  JAN 2013



1. Bactérias produtoras de B-lactamase de espectro estendido (ESBL)



Sítio de infecção
1ª opção
Outras opções
ITU
Pipe-tazo ou carbapenêmico
Aminoglicosídeo ou ciprofloxacina
Pneumonia/bacteremia
Imipenem, Meropenem ou ertapenem

Meningite
Meropenem

Infecções intra-abdominais
Imipenem, Meropenem ou ertapenem




2. Enterobactérias produtoras de carbapenemase (KPC)



Sítio de infecção
1ª opção
Outras opções
Pneumonia
Polimixina  +
 (aminoglicosídeo ou tigeciclina)
Polimixina
ITU
Gentamicina ou amicacina
Polimixina
Bacteremia
Polimixina +
( aminoglicosídeo ou tigeciclina)
Polimixina
SNC
Polimixina
Polimixina EV+ (polimixina intratecal  ou aminoglicosídeo  intrateral)
Pele e partes moles
(Polimixina + aminoglicosídeo)
 OU
Tigeciclina
Tigeciclina + Aminoglicosídeo
Osteoarticular
Polimixina + aminoglicosídeo
(Polimixina + aminoglicosídeo) OU (Tigeciclina + aminoglicosídeo) OU (tigeciclina+polimixina)
Infecção intra-abdominal
(Polimixina + aminoglicosídeo )
OU
 TIgeciclina
(Tigeciclina + polimixina)
 OU
(Tigeciclina +aminoglicosídeo)



3. Acinetobacter spp resistente a carbapenem



Bacteria
1ª opção
Outras opções
Sensível a ampicilina sulbactam
Ampicilina-sulbactam
(Polimixina ou tigeciclina *)
 + Aminoglicosídeo
Resistente a ampicilina sulbactam
Polimixina ± aminoglicosídeo
Tigeciclina*
* Aprovada para infecções de pele e partes moles, abdominais e pneumonia comunitária



4. Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem



Bacteria
1ª opção
Outras opções
Sensível a Piperacilina Tazobactam
Polimixina ± aminoglicosídeo
Pipep tazo+ Aminoglicosídeo (se sensível)
Resistente a Piperacilina Tazobactam
Polimixina ± aminoglicosídeo
Polimixina



5. Burkhoderia cepacia



1ª opção
Outras opções

Sulfamentazol+trimetropim 15-20 mg/kg/dia de trimetoprim EV, dividido em 4 doses
Meropenem 3-6g
OU
Levofloxacina 750 mg/dia





6. Stenottrophomonas maltophilia



1ª opção
Outras opções

Sulfamentazol+trimetropim 15-20 mg/kg/dia de trimetoprim EV, dividido em 4 doses
Levofloxacina 750 mg/dia




7. Enterococo resistente a vancomicina
Bacteria
1ª opção
Outras opções
Sensível a ampicilina e aminoglicosídeo
Ampicilina + aminoglicosídeo
Linezolida
Sensível a ampicilina e alto nível de resistência para aminoglicosídeo
Linezolida

Resistente a ampicilina
Linezolida ± aminoglicosídeo ( Fazer se bacteremia e endocardite)




8. Candida spp - Infecções invasivas e candidemia



Situação 1- Tratamento empírico
1ª opção
Outras opções
Sem uso prévio de azólicos nos últimos 30 dias (cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol) em paciente não neutropênico e sem instabilidade hemodinâmica
Fluconazol 800 mg/dia (12mg/kg/dia)- ataque seguido de 400mg/dia EV (6 mg/kg/dia).
Tempo: 14dias após negativação da hemocultura

Situação 2- Tratamento empírico
1ª opção
Outras opções
Uso prévio de azolicos nos últimos 30 dias ou instabilidade hemodinâmica
Equinocandina (micafungina
 100mg/dia)
Tempo: 14dias após negativação da hemocultura
Anfotericina B 0,7- 1 mg;kg/dia
Tempo: 14dias após negativação da hemocultura
Situação 3- Tratamento empírico
1ª opção
Outras opções
Neutropênico



Anfotericina B 0,7 a 1mg/kg/dia Tempo: 14dias após negativação da hemocultura

Equinocandina
 Micafungina 100mg/d
Tempo: 14dias após negativação da hemocultura
Situação 4- Espécie identificada
1ª opção
Outras opções
Candida albicans,
Candida tropicalis
Candida parapsilosis


Fluconazol 800 mg/dia (12mg/kg/dia)- ataque seguido de 400mg/dia EV (6 mg/kg/dia).
Tempo: 14dias após negativação da hemocultura
Anfotericina B 0,7 a 1mg/kg/dia.
 Tempo: 14dias após negativação da hemocultura
Candida glabrata
Candida krusei


Equinocandina (micafungina 100mg/dia
Tempo: 14dias após negativação hemocultura

Anfotericina B 0,7 a 1mg/kg/dia.
 Tempo: 14dias após negativação hemocultura