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terça-feira, 22 de maio de 2012

Preenchimento correto de prontuários no HUWC

Caros Interno e Residentes,


Fui contatado pela comissão de prontuário do HUWC acerca do mau preenchimento dos nossos prontuários. Rasuras, evoluções, prescrições e pareceres sem identificação do paciente, sem identificação do interno e médico residente assistente, entre outros.
Recebi, na forma de comunicado aos internos e residentes o subescrito:

COMUNICADO
Srs. Médicos e Internos,

Considerando o Art. 87* do Código de Ética Médica, pedimos que sejam tomados os devidos cuidados nos registros executados no Prontuário do Paciente:
• Preencher completamente a anamnese, em formulário específico;
• Colocar nome completo e nº prontuário em todos os documentos: evoluções, prescrições, folhas de exame e pedidos de parecer;
• Datar e assinar as prescrições e evoluções com nome legível e CRM e/ou carimbo;
• Escrever de forma legível 

* É vedado ao médico: Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. § 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. 

Comissão de Revisão de Prontuários HUWC


Então nesse post, gostaria de ressaltar a importância do bom preenchimento dos nossos prontuários. Muito já podem ter se deparado nas revisões para pesquisa ou assistência com prontuários mal preenchidos, rasurados, não identificados… E sempre se reclama que o prontuário não presta, que nas revisões não foi possível descobrir como foi feito o diagnóstico ou quando foi iniciada tal terapêutica. Mas devemos refletir, quem preenche esse prontuário? NÓS! 


Devemos ter máximo zelo e cuidado nessa atitude que, apesar de muitas vezes ser laboriosa e tediosa, é ato inerente da atividade e profissão médica.
Com relação à evolução, acrescento algumas linhas. Vemos em vários hospitais, públicos ou privados, micro evoluções de 2-3 linhas que não informam nada. Mas de forma oposta, vemos nos hospitais escola evoluções quilométricas, repetindo todas medicações, parâmetros e exame físico como uma receita de bolo, muitas vezes mantendo a conduta há anos (não se sabe nem o que se está mantendo) e não raramente dizem absolutamente nada…


Procurem na evolução responder três perguntas:
• Por que o paciente está internado?
• O que falta para ele ir pra casa?
• O que um plantonista precisa saber desse caso em uma emergência?
Os demais registros são desenrolares dessas perguntas… 


Não esqueçam que, como sempre, temos que individualizar para cada paciente. Exemplo é um paciente com mielite transversa que é feito todo exame de "EGB, aaa, eupneico, corado, hidratado…" ausculta, abdomen, extremidades tudo igual, mas que não são avaliados nível sensitivo, reflexos etc. diariamente… 


Abraços,

2 comentários:

  1. Boa, Rainardo! Um prontuário bem feito é fundamental em qualquer lugar do mundo!

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    Respostas
    1. E necessário tanto pra assistência como para pesquisa e estatística.

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